O que temos feito com o IDE de Deus?
É fácil amar a Deus de palavras, afinal Ele é perfeito, não comete erros e nos deu a salvação. Mas a verdade é que só o amamos se obedecermos a lua lei. Jesus disse “se vocês me amam, obedeçam aos meus mandamentos” (João 14.15). Mas, temos de fato obedecido a Palavra de Deus?
Em primeiro lugar: a palavra diz para amarmos o nosso próximo. Temos obedecido a esse mandamento? Temos de fato amado ao nosso próximo? Analisando a sociedade que vivemos posso concluir claramente que não, não temos amando o nosso próximo. Muito pelo contrário! Nosso coração está cheio de orgulho, egoísmo, ódio, rancor e maldade. Como cristãos, se amassemos de fato as pessoas não conseguiríamos ocultar das mesmas o evangelho da salvação.
Quando recebemos uma notícia muito boa compartilhamos com quem amamos, com quem convivemos. Nós recebemos a noticia de que Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu em nosso lugar, ressuscitou e subiu ao céu preparar para nós uma morada e está assentado a direito do Pai intercedendo por nós. Como podemos nos calar. Ou essa noticia não é boa, ou não amamos quem está próximo de nós. E acredite o motivo dessa tolice só pode ser a segunda opção.
Em segundo lugar Deus nos entregou uma ordem. Por meio do seu filho Jesus Ele disse: Ide e pregai! (Marcos 16:15). Temos ido?
Sabe, Deus é amor, mas Ele é justo. Sua Palavra diz em Ezequiel que Ele requererá das nossas mãos o sangue daqueles aos quais não anunciarmos sua Palavra (Ezequiel 3:18). Diz também que no dia do Juízo Ele julgará todas as atitudes que tomamos e não tomamos, todas as palavras que dissemos e também aquelas que ficaram apenas no nosso pensamento. Como chegaremos diante do Todo Poderoso com nossas mãos vazias e manchadas de sangue? O que diremos a Ele? Como poderemos nos justificar diante daquele que sonda nossos corações e sabe de todos os nossos pensamentos?
Deus nos deu a vida e devemos vive-la para Ele, consagrando-a e entregando o nosso tempo e tudo o que somos para o crescimento do seu Reino. Deus nos chamou para sermos luz, para fazermos a diferença! Candeias não são acessas para serem encobertas e não iluminarem em meio à escuridão (Mateus 5:14 a 16).
Hudson Taylor (1832—1905) foi missionário na China por muitos anos disse: “Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais fazendo todo o possível para levar seu nome a todos. Ninguém deve dizer que não é chamado para ir à China. Ao enfrentar tais fatos, todas as pessoas precisam saber se têm uma chamada para ficarem em casa. Amigo, se não tens certeza de uma chamada para continuar onde estás, como podes desobedecer à clara ordem do Salvador, para ir? – Se estás certo, contudo, de estares no lugar onde Cristo quer, não por causa do conforto ou dos cuidados da vida, então estás tu orando como convém a favor dos milhões de perdidos da China? Estás tu usando teus recursos para a salvação deles?”.
A verdade é que todos fomos chamados. Talvez, como Hudson disse, você foi chamado para permanecer onde está. Mas saiba que nesta posição Deus te capacita para fazer muito! Te abençoa para abençoar a outros. E existe algo ainda mais profundo no “IDE”. Cristo por acaso disse “vá para o estrangeiro e pregue”? Não! Ele disse que deveríamos ir por todo mundo e este “mundo” inclui a nossa sociedade, nossa família, nosso grupo de amigos. Existem muitas pessoas a nossa volta perecendo, doentes, sedentos, famintos, morrendo. Nós conhecemos o médico dos médicos, a fonte de água viva, o pão que desceu do seu, o caminho, a verdade e a vida e as temos negligenciado aos nossos “próximos”.
Preciso lembrar mais uma vez que Deus é amor, mas também é justiça. Ele requererá de nós o sangue de cada um desses que perecem em trevas. Fomos alvos de um tão grande amor, como então não somos capazes de amar? Precisamos matar nosso orgulho e egoísmo! Precisamos morrer para nós mesmos e passarmos a viver para Ele. Precisamos ser como o Mestre é.
Taylor disse “Qual será nossa atitude para com o Senhor Jesus Cristo quanto a essa ordem? Suprimiremos o título ‘Senhor’, que lhe foi dado, para reconhece-lo apenas como nosso Salvador? Aceitaremos o fato de Ele tirar a penalidade do pecado, e recusaremos a confessarmo-nos comparados por um bom preço, e que Ele tem o direito de esperar a nossa obediência implícita? Diremos que somos os nossos próprios senhores, prontos a conceder-lhe apenas o que lhe é devido, a Ele que comprou-nos com seu próprio sangue, com a condição de Ele não pedir demasiado? As nossas vidas, os nossos queridos, as nossas possessões são somente nossas, não são dele? Daremos o que acharmos conveniente e obedeceremos à sua vontade somente se Ele não nos pedir demasiado sacrifício? Estamos prontos a deixar Jesus Cristo nos levar aos céus, mas não queremos que esse homem ‘reine sobre nós’?”
Nos achegamos a Deus pelo que Ele tem nos oferecer e não pelo que Ele é. Queremos nos usufruir do seu amor, da sua bondade, do seu poder. A palavra diz “Não ponha a prova o Senhor, seu Deus” (Deuteronômio 6:16), mas nós fazemos isso todas as vezes que o chamamos de Senhor das nossas vidas, mas não obedecemos seus mandamentos. Fazemos isso todas as vezes que viemos diante DELE buscando satisfazer somente nossos desejos egoístas. Queremos viver ao nosso modo, viver para nós mesmo. Se vivemos para nós não somos dignos do céu.
Hoje pode ser fácil e bom viver satisfazendo nosso eu, mas quando Cristo vier buscar a sua igreja – pois Ele vem, e vem em breve – e nos apresentarmos do todo poderoso o que o Pai nos dirá? Será que suas palavras serão “Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?” (Lucas 6:46), ou então “Servo bom e fiel […], entra no gozo do teu senhor” (Mateus 25:23). Queira Deus que não sejam as da primeira opção!
_Thalyene Viana_
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